capela da Santa casa da Misericórdia
A capela da Santa casa da Misericórdia foi construída no século XVII, consiste num Imóvel de Interesse Público, segundo Resolução do Presidente do Governo Regional n.º 221/1996, JORAA, 1.ª série, n.º 39 de 26 setembro 1996.
Em 20 de Julho de 1536, o testamento de Maria Fernandes e Baltazar Gonçalves, o Barbo, manda que os seus herdeiros paguem anualmente de esmola à Santa Casa para os pobres; tal testamento aponta para a já existência de Misericórdia nesta data.
A 2 de Junho de 1571, segundo Francisco Ferreira Drummond, o corregedor Gaspar Pereira de Lagos foi à Câmara de São Sebastião com o corregedor Fernão de Pina Marecos e, estando presentes os vereadores e muitas pessoas da governança da ilha, resolveram edificar um hospital não só para os pobres da vila e termo, como também para os necessitados que chegassem ao porto da vila; como até então não havia casa de Misericórdia, sendo essa tão necessária, foi pelos ditos desembargadores proposto fundá-la junto com o hospital; todos prometeram dar esmolas para tão meritória obra.
A 7 de maio de 1680 foi extinta a Misericórdia, por alvará do Governo Civil, causando grandes protestos dos sebastianenses;
A 25 de Abril de 1833 foi feita a escritura de aforamento da capela e casa de reunião dos irmãos da Misericórdia ao historiador Francisco Ferreira Drummnd, sendo descrita como casa de “alto e baixo e seu quintal com um alqueire de terra cuja casa servia do consistório da Misericórdia da dita vila” por 15000 anuais; foi nesta casa que Drummond viveu até morrer (11 de Setembro de 1858), passando a ser conhecida como sua casa.
A 5 de Julho de 1861 foi publicada a portaria que restaura a Misericórdia, subsistindo até ao presente;
A 14 de Outubro de 1851 foi feita uma homenagem a Francisco Ferreira Drummnd pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, no contexto das comemorações dos cinco séculos da chegada à ilha Terceira dos primeiros povoadores, erguendo-se um pequeno monumento na rua em que ele havia vivido; posteriormente a casa onde Drummond vivera é adquirida pela Santa Casa da Misericórdia de São Sebastião.
A Capela tem uma planta retangular, tendo adossado à fachada lateral esquerda casa retangular irregular composta por vários corpos, volumetricamente distintos. Volumes articulados com coberturas de duas águas na capela e de duas e quatro águas na casa. Fachadas rebocadas e pintadas de branco. Capela com fachada principal virada a N., com embasamento e elementos estruturais e decorativos em cantaria aparente; apresenta pilastras toscanas nos cunhais e termina em entablamento sobre o qual se desenvolve frontão triangular sem retorno e levemente truncado no topo, coroado por cruz latina de cantaria, biselada sobre plinto paralelepipédico; é rasgada por portal de verga reta, de múltiplas molduras, ladeado por duplas pilastras almofadadas, sobre plintos ornados por losangos concêntricos, sustentando entablamento com alto friso de elementos vegetalistas recortados; sobre a cornija inferior do frontão, existe no alinhamento das pilastras duplos pináculos sobre plintos; ao centro do timpano, abre-se janela rectangular jacente, de múltiplas molduras, encimada por elementos volutados enquadrando resplendor com pomba do Espírito Santo. À esquerda dispõe-se pano, definido por pilastras, terminado em entablamento, sustentando sineira, em arco de volta perfeita sobre pilares, terminada em cornija reta coroada por aletas centrais e pináculos laterais. A CASA desenvolve-se adossada ao longo da fachada lateral esquerda da capela, composta por dois corpos. Fachada principal virada a E., com corpo de um piso apresentando faixa pintada de preto, rasgada por dois portais entre cinco janelas de peitoril com caixilharia de tripla guilhotina, tendo todos os vãos verga reta e moldura recortada no topo e, as janelas, inferiormente, formando falsos brincos. No ângulo NE. a fachada é rematada por cornija, sobre a qual assenta balcão com guarda plena de cantaria. O segundo corpo apresenta três pisos, com alhetas nos cunhais, rasgando-se no primeiro porta de verga reta e janela de peitoril, com caixilharia de guilhotina, e nos dois superiores janela de peitoril retilínea, interligadas por pano de cantaria. Junto à fachada lateral esquerda desenvolve-se escada de cantaria, com guarda plena de cantaria, com dois patamares, o superior precedendo porta rasgada ao nível do terceiro piso, ladeada por janela de peitoril, e formando alpendre a porta ao nível do segundo piso. Fachada posterior de dois pisos, o mais alto rasgado por dois eixos de vãos sobrepostos, correspondendo a janelas de peitoril, com caixiharia de guilhotina, e a uma porta. O corpo mais baixo possui janela rectangular estreita
Junto à janela do segundo piso do corpo de três pisos da casa existe lápide, de mármore, com a inscrição “NESTA CASA VIVEU E FALECEU / O HISTORIADOR TERCEIRENSE / FRANCISCO FERREIRA DRUMOND / NASCEU A 21-1-1796 FALECEU A II-9-1858
ERMIDA DA SENHORA DA GRAÇA
Esta é uma das mais antigas ermidas da ilha Terceira e segundo se julga foi mandada edificar por Frei João da Ribeira. Recebeu a sua denominação devido a uma fonte que o Frei João encontrou após o desembarque dos primeiros povoadores, considerando o seu aparecimento como uma graça do céu e um rico presente que lhe fizera a Mãe de Deus. E aqui está o motivo que levou o Frei João de Deus, tal era o seu nome religioso, a construir esta ermida de Nossa senhora da Graça que é de secular existência e foi de grande veneração através dos tempos.
Quanto à data em que foi edificada esta ermida nada se encontra de muito certo. O Dr. Alfredo Sampaio diz ter sido em 1454, segundo uma inscrição que existiu à entrada da igreja Matriz da vila de S. Sebastião. O Padre Joaquim esteves Lourenço diz haver noticia segura de que esta ermida já existia em 1552, mas que não era possível descobrir a data certa da sua fundação. Assim é de fato, pois nada há que o diga com toda a clareza e precisão. Que é muito antiga não resta dúvida, por assim já ser considerada no tempo em que o Bispo D. Jerónimo Teixeira Cabral realizou a visita pastoral à Vila de São Sebastião.
Como os efeitos do terramoto de 24 de maio de 1614 se fizeram sentir na Vila de São Sebastião em grande escala causando avultados prejuízos, o Senado da Câmara Municipal fez o voto de, no aniversário deste trágico acontecimento, levar a efeito uma festividade na ermida com procissão. Porém esta durou pouco mais de um século.
No ano de 1643, o Capitão Manuel Martins Fenais, sendo mordomo e em parte à sua custa a restaurou, paramentou, acrescentou o púlpito e amurou o adro. Nessa altura, segundo diz o Major Luis Ferreira Machado Drummond, se construiu um excelente retábulo e o lindo sacrário que hoje se encontra na igreja matriz.
De novo esta ermida caiu em ruinas em meados do Séc. XIX deixando de servir para o culto religioso durante vinte anos, pelo que o padre José Ferreira Drummond lhe introduziu os melhoramentos necessários com a contribuição de generosas dádivas.
Em 1950 voltou a precisar de beneficiações pois o altar carecia de ser substituído bem como o púlpito. A Sacristia estava em ruínas e as portas encontravam-se desconjuntadas, tendo-se formado uma comissão presidida pelo Padre Joaquim Esteves para restaurar este templo que ficou com o excelente aspeto que hoje apresenta.
Tem uma só porta com uma janela mais acima e na frente está o adro que é de diminutas dimensões vedado por um muro. Na parte interior, encontra-se o altar com o seu retábulo em arco, onde estão as imagens do orago, de Santa Luzia e São Brás. O chão é todo lageado a cantaria.
ERMIDA DE INVOCAÇÃO A MARIA VIEIRA
Ainda de acordo com uma tradição, ao recobrar os sentidos, a menina conseguiu retornar a casa, coberta de sangue, quase moribunda. Antigos moradores da região recordam, entretanto, que a menina foi encontrada pelo próprio pai que retornava a casa, e que ao ouvir-lhe os gemidos, encontrou-a. Afirma-se ainda que, antes de desfalecer novamente, balbuciou o nome do assassino, acrescentando “que não lhe tinha raiva. Foi conduzida ao Hospital de Angra e preparada para cirurgia de emergência, onde, em, outro momento de lucidez, repetiu o nome do agressor, pedindo que “não lhe façam mal“. Recebeu os Sacramentos da Igreja e no dia seguinte faleceu.
O agressor foi detido, julgado e condenado a 28 anos de prisão, tendo cumprido pena de apenas 16 anos, devido a bom comportamento.
O crime marcou profundamente a memória dos habitantes da Terceira, tendo originado uma devoção popular que levou à abertura do processo de canoninação da jovem como mártir junto à `Diocese de Angra de acordo com a Constituição Apostólica “Divinus Perfectionis Magister“.
ERMIDA DE NOSSA SENHORA DA CONSOLAÇÃO DA RIBEIRA SECA
Remonta aos primeiros tempos do povoamento desta ilha o lugar da Ribeira Seca, onde se estabeleceu Gonçalo Anes da Fonseca que veio para a ilha terceira na companhia de Jácome de Bruges. Antes de se estabelecer neste lugar foi à metrópole busca a sua mulher D. Mécia de Andrade Machado.
Tiveram três filhos, a saber: Gaspar Gonçalves machado que nasceu em frente da ilha Terceira e militou em África, João Gonçalves e Diogo Gonçalves que também combateram no Norte de África, vindo o primeiro a fixar-se na Ribeira Seca, onde fundou a ermida de Nossa Senhora da Consolação na propriedade que herdou do seu pai.
A 19 de Fevereiro de 1546 fez testamento com a sua segunda mulher D. Clara Gil Fagundes, fundando a ermida, mas depois dela falecer ainda o reformou a 3 de janeiro de 1552. No testamento determina que, em memória do seu pai, todos os administradores do morgado que criou da capela, se chamassem- da Ribeira Seca, de contrário não seriam mais administradores.
A data da fundação desta ermida é o ano de 1546 e foi edificada depois de Gaspar Machado ter regressado de África. Por isso talvez se possa presumir que ela é o resultado de um voto que o dito personagem terá feito em momentos de grande aflição no meio dos violentes combates que travou no Norte de áfrica.
A ermida era de pequenas dimensões e terá sido ampliada após o terramoto de 24 de Maio de 1614, data em que ficou bastante arruinada.
A ermida de Nossa Senhora da Consolação tem uma só capela com a imagem da Senhora, que é o orago, tendo aos lados S. Crispino e São Crispiniano. Tem ainda dois altares laterais com as imagens do Coração de Jesus e de São José.
O curato da Ribeira Seca foi estabelecido em 3 de Julho de 1861.
ERMIDA DE NOSSA SENHORA DAS DORES
Sobranceira à Baia da Salga e situada num lugar bastante vistoso, encontra-se uma bela casa de veraneio qu o Padre Manuel Coelho de Sousa mandou construir, tendo contígua uma pequena ermida sob a invocação de Nossa senhora das Dores. É ele o fundador e foi edificada em 1969.
Trata-se de um templo simples e modesto mas de alto significado não só pela denominação como pelo motivo que lhe deu origem. Segundo se sabe o orago foi escolhido em virtude dos grandes sofrimentos por que passou a mãe do seu fundador, em momentos de grave e dolorosa doença. É a única com tal denominação em toda a ilha Terceira.
A fachada é uma forma de alpendre e tem uma porta com óculo por cima, encontrando-se voltada para poente.
ERMIDA DE SÃO JOÃO BAPTISTA
Esta ermida é muito antiga tendo já sido mencionada por Gaspar Frutuoso. Vê-se assim que já existia no seu tempo. Porém definir e estabelecer a data em que foi edificada, torna-se impossível por falta de elementos. Francisco Ferreira Drummond apenas indica o ano de 1581, quando descreve o feito glorioso da Batalha da Salga.
Foi edificada á custa de lavradores mancebos solteiros em campo doado por Gonçalo anes, o Mordomo.
Em 1832 foi quartel das tropas. A ermida foi posteriormente arrasada para dar origem ao cemitério. Por esta ocasião se acharam as formas de doze corpos humanos que nela foram sepultados, segundo a tradição, de portugueses que morreram na entrada dos castelhanos na Ribeira das Mós.
Esta ermida ficou arruinada várias vezes. Numa das vezes ficou mutilada e o adro desapareceu para dar origem a um cemitério que foi benzido em 1835 pelo padre José ferreira Drummond, vigário de São Sebastião.
Mas decorrido quase um século, ou seja em 1926, encontrava-se decaída pelo que o padre Manuel Cardoso da Rocha a mandou limpar e caiar com o objetivo de nela celebrar missa pelas benditas almas do Purgatório. Esta ermida depois desapareceu, bem como o cemitério. Construiu-se um novo noutro lugar.
Tem um só altar onde estão as imagens de São João Baptista , Nossa Senhora da Boa Viagem e Nossa Senhora de Fátima. Neste templo os marítimos de Porto Martins e ribeira Seca realizam uma festividade com alguns festejos profanos.
ERMIDA DE SANTA ANA
Santa Ana é a padroeira dos lavradores da freguesia de São Sebastião.
Parece que foi na ermida de Santa Ana que Frei João da Ribeira, Prelado dos Religiosos Franciscanos, batizou Gaspar Gonçalves Machado Ribeira Seca, filho de Gonçalo Anes da Fonseca e de D. Mécia de Andrade Machado
Enquadramento
Urbano, adossado, sobre elevado penhasco, denominado de Rochão da Fonte, sobranceiro a amplo terreiro onde se ergue a fonte de Santa Ana (v. PT071901150041). Insere-se em adro, vedado por muro, acedido por escada. À fachada lateral esquerda adossa-se corpo de uma água, mais baixo.
O afloramento rochoso possui frontalmente pequena gruta, formada por pedras caiadas, fechada por porta envidraçada, albergando no interior imagem de Nossa Senhora de Fátima. Sobre o nicho e o muro do adro, existe plinto paralelepipédico, sobreposto por cruz latina, de braços quadrangulares, simples, pintada de cinzento. Num plano inferior, ao nível do terreiro, existe caixa de água quadrangular, com cobertura piramidal. A cerca de 200 metros para O., ergue-se a Igreja Paroquial de São Sebastião.
Descrição
Planta retangular composta por nave e capela-mor, tendo adossado à fachada lateral direita sacristia retangular. Volumes escalonados com coberturas em telhados de duas águas na capela e de uma na sacristia, rematados em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, a principal com o embasamento e os vários elementos estruturais e decorativos sublinhados a cinzento. Fachada principal virada a O., de cunhais apilastrados, coroados por pináculos piramidais, e terminada em empena com côncavos laterais, coroada por cruz trevada sobre acrotério. É rasgada por porta e janela retilínea, ambas de moldura recortada, encimada por filactera enrolada criando círculo, com aletas e acantos, sobreposta por instrumentos agrícolas. À direita, dispõe-se pano de muro retilíneo, sobreposto por sineira, em arco de volta perfeita, sobre pilastras almofadadas, desnuda, e rasgado por vão reto de ligação à sacristia, que surge recuada. A sacristia, termina em meia empena e é rasgada por porta de verga reta sem moldura. No INTERIOR possui púlpito e capela tipo gruta
Cronologia
1454, cerca – época provável para a construção da primitiva capela de Santa Ana por Jácome de Bruges, no lugar designado de Porta Alegre na vila de São Sebastião, formando uma freguesia com trinta oradores; ao pároco eram encomendadas missas e trinitários, ou seja, legados de São Gregório, durante os quais ele habitava na ermida para rezar pelos defuntos;
1559 – devido aos abusos, simonias e comércios ilícitos durante os sufrágios, o bispo D. Frei Jorge de Santiago elabora as Constituições do Bispado de Angra, emendando alguns abusos;
1568 – já não existia a freguesia devido ao vigário não ter sido contemplado com o aumento de côngruas concedido a outras freguesias; porque o lugar de Porta Alegre estava abandonado e a ermida não oferecia segurança, as alfaias da capela foram incorporadas na igreja paroquial de São Sebastião;
1568 – construção da capela de Santa Ana no interior da povoação de São Sebastião, por ordem de João Fernandes dos Fenais e sua mulher Maria Fernandes Corte-Real, onde foi colocada a imagem do orago da primitiva capela; séc. 17, 1º quartel – durante o bispado de D. Agostinho Ribeiro segundo, a capela tinha 8 alqueires de renda anual e uma associação de devotos que a ajudava; o Visitador determina vários arranjos devido à ermida estar muito danificada e “um frontal de carmezim ou tafetá branco”, bem como inventariar os seus bens de raiz, estipulando-se a instituição de uma confraria ou irmandade com os seus estatutos, debaixo da proteção eclesiástica; posteriormente a capela foi profanada para servir de aquartelamento;
1695 – data inscrita na frontaria; 1834, 30 agosto – benzida de novo a capela;
1926 – data inscrita na frontaria; 1930 – até esta data, as festividades eram promovidas por uma comissão independente da interferência do pároco, passando então a funcionar dois grupos: um encarregado das solenidades religiosas e o outro das solenidades profanas;
1939 – esteva vedada ao culto devido à imagem do orago (uma moderna, desconhecendo-se o paradeiro da anterior) estar a ser reparada pelo artista Maduro Dias e serem necessários consertos na capela;
1961, 13 outubro – consagração de Nossa Senhora de Fátima, levada a cabo debaixo de chuva e com a assistência de milhares de fiéis;
1963 – construção do cruzeiro junto à capela com imagem de Nossa Senhora de Fátima num nicho, feito com pedras que restaram das obras da igreja;
1965, 26 julho – a partir desta data a festa do orago é feita na igreja, razão pela qual se muda a imagem para lá nesta data;
1976 – Carecia de beneficiações interiores
2012- Recuperada com o apoio do Comendador José Cardoso Romeiro
ERMIDA DO BOM JESUS
Esta ermida está relacionada com a família dos Távoras, cujo tronco foi Francisco Gonçalves de Távora que veio para esta ilha nos princípios do Séc. XVI. A data de fundação é 1682, conforme placa que se vê em cima da porta de entrada para o templo. Supomos assim que o verdadeiro fundador do templo foi seu filho Alexandre de Távora Merens, cumprindo um voto feito por seu pai. Esta ermida bem como a casa contígua sempre pertenceu à família dos Távoras, verificando-se que foram edificadas simultaneamente visto que uma é o prolongamento da outra.
Ainda há poucoa anos se encontravam uns belos quadros da Via Sacra dependurados das paredes (em 1978).
Em Abril de 2012, o Sr. José Silva, morador no caminho da Vila de São Sebastião e rendeiro da Quinta da Salga, informou que a imagem do Senhor Bom Jesus da Salga se encontrava guardada em casa do Sr. José Teixeira, filho do antigo capataz e proprietário da moagem do Porto Judeu de Baixo, também o olheiro da Quinta do Sr. Bom Jesus e pagador anualmente das rendas dos rendeiros.
A imagem do Senhor Bom Jesus, confirmou o Sr. José Silva, foi furtada da capela onde se situava, por três rapazes, e levada para a cidade de Angra do Heroísmo onde procuraram vendê-la sem êxito. Tentaram, igualmente, os meliantes vender um par de castiçais, o que, sendo do conhecimento da polícia, levou os agentes até à preciosa imagem do século XVII.
A imagem está presentemente á Guarda do Sr. José Teixeira. Não sofreu quaisquer danos e está devidamente tapada para se resguardar do pó.
Apesar disto, a fotografia mostra que a imagem está necessitando de um trabalho de restauro.
(Boletim do. I.H.I.T. 20011/12)