19 de Fevereiro de 2025 - 09:38 Vila São Sebastião, Portugal

19 de Janeiro de 2022 - 19:00 - Vila São Sebastião, Portugal

JUNTA DE FREGUESIA

Vila São Sebastião

A Filarmónica União Sebastianense foi criada em 29 de Novembro de 1886. O cineteatro de são sebastião foi inaugurado em 28 de Fevereiro de 1954. A nova sede foi inaugurada a 10 de Setembro de 1967

A Filarmónica União Sebastianense, ao longo dos seus 127 anos de existência, tem sido importante no ensino e sobretudo no impulsionar do gosto pela música.

Está ligada à história cultural, social e religiosa do nosso povo e sempre presente nas festas de caráter religioso e profano. Este ano já participou na festa de Santo Antão e Santo Amaro, da Santa Casa da Misericórdia, a 19 de Janeiro; tocou na Procissão de São Sebastião, nosso Padroeiro a 20 de Janeiro e na Procissão do Senhor dos Passos a 16 de Março.

A Filarmónica desempenha um papel fundamental na formação musical, artística e pessoal dos seus executantes, pois uma Banda Filarmónica não é uma instituição onde apenas se aprende a ler partituras e a tocar um instrumento musical, é uma escola, não só para desenvolver a cultura, mas também uma escola para a vida, que envolve os seus intervenientes num convívio intergeracional saudável, onde para além de música se aprendem através da partilha de experiências e vivências, valores morais e éticos fundamentais a uma boa formação humana.

Na Filarmónica desenvolve-se a responsabilidade, a disciplina, a autonomia, a tolerância, a honestidade e recusa-se a violência, a injustiça e o preconceito, desenvolvendo-se também valores sociais e culturais de inclusão. Por isso, a Banda Filarmónica é responsável pela formação musical dos seus músicos independentemente da sua condição económico-social, disponibilizando a todos sem exceção os recursos necessários para desenvolverem, gratuitamente, a sua formação musical e cultural. Cumprindo um papel importante ao nível da socialização e da integração na comunidade.

Fica aqui o apelo aos mais jovens para integrarem a escola de música da nossa Filarmónica para que não se extinga esta complexa escola de arte e de vida.

É uma das mais antigas dos Açores, perfazendo no próximo dia 29 de novembro, 127 anos. Ao longo da sua existência tem desenvolvido intensa atividade musical na Ilha Terceira de Jesus Cristo, abrilhantando as Festas do Divino Espírito Santo, procissões, bailaricos, touradas, receções oficiais, desde o rei D. Carlos até ao Presidente da República Portuguesa, Dr. Jorge Sampaio, etc, etc.

Nas principais efemérides é uma presença indispensável para a animação recreativa e cultural do povo que muito a estima. Tem sido solicitada para dar concertos não só nos Açores, mas também em várias localidades do Continente e, ainda, nas comunidades portuguesas dos Estados Unidos, mormente em Fall-River, por ocasião das Grandes Festas do Divino Espírito Santo.

Celebra, solenemente, todos os anos, o seu aniversário, apresentando os novos músicos que a sua escola vai formando. Atualmente, conta com alguns alunos e docentes do Conservatório Regional de Angra do Heroísmo. Dos seus quarenta e poucos elementos, há já alguns jovens com boa formação musical.

O seu maestro foi até 1990, Manuel Machado Mendes, o qual, durante 52 anos, dirigiu com notório aprumo e afinação esta filarmónica, sem nunca cobrar qualquer importância monetária pelo seu longo magistério, ele que foi Mestre de várias gerações. Como prova da sua dedicação e generosidade, legou um precioso espólio de quatrocentas partituras, avaliado aquando da sua morte em milhares de contos. É uma figura destacada no panorama das Bandas açorianas. E um caso de longevidade e fidelidade à instituição, onde começou a tocar aos treze anos de idade, e nela se manteve, excetuando o período do serviço militar que prestou na Madeira, na qualidade de membro da Banda Militar do Funchal.

Prestigiou a F.U.S. e toda a história da Vila de S. Sebastião, por onde se iniciou o povoamento da Ilha Terceira, como o provam vários monumentos, entre eles a Ermida de Nossa Senhora da Graça, a de Nossa Senhora da Consolação e a sua rica e histórica Matriz, monumento nacional, muito visitada, nos nossos dias, por turistas nacionais e estrangeiros.

Atualmente, a Filarmónica União Sebastianense é dirigida por João Alberto Pereira da Silva, dinâmico e promissor maestro, que há quase um quarto de século, vem desenvolvendo notável ação no incremento do ensino da “arte dos sons”, nesta terra designada por Vitorino Nemésio, de Festa Redonda, título de um dos seus livros com a chancela da Bertrand, editora lisboeta assaz conhecida em todo o País e até no estrangeiro.

Muito ficou por dizer neste pequeno historial, sobretudo acerca da comunidade em que a F.U.S. se insere, mas que poderá ser colmatado, por agora, através da leitura de As Mais Belas Vilas e Aldeias de Portugal, de Júlio Gil. (Editorial Verbo, 1989). Esperamos que, em breve, outras publicações vejam a luz do dia, mormente os cinco interessantes livros, já prontos para publicação, de Luís Machado Drumond. Certamente, eles virão despertar-nos para o mais profundo conhecimento da nossa ilha e do nosso tão peculiar povo terceirense que ele soube desvendar e descrever como poucos até hoje.

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